sábado, 30 de junho de 2012

Entrelinhas do Chapéu

No vazio de meu quarto
Relembro teus poemas
Fortes como teu vocabulário
Me impressionam e me encantam, libertam meu semblante.

Sincera é a imagem que passo
Livre de amarras
Sem medo das mancadas

Gafes ou não
Liberdade alcoólica benéfica
Sem censura de expressões

Posso libertar tudo de novo?
Agradeço pela noite de bom sono.

domingo, 17 de junho de 2012

Pretty Bubbles in the Air

Que orgulho é esse
De ser odiado por todos
De pisar em seus valores
De achar piegas entregar flores?

Pobre de mim
Nascente do século errado
Vivente de teu mau passado
Apegada a um falso atestado de saber

A vida ensina, meu nego
E ela te mostrará
Nem sempre a maior idade
Implica em igual maturidade

Trinta e poucos, por enquanto
Muitos "amores"
Falsos valores
Lembranças que como alfinetes machucarão

Arrependimento certeiro
Por ter vivido apenas o corpo
E desprezado o amor inteiro
E o único verdadeiro

Te levarei flores.


Vitória

Súplicas atendidas
Vontades vencidas
Barbaridades supridas

Buraco fechado
Coração curado
Tratado do pavor

Consciência tranquila
Choro ressecado
Abraço apertado
No vento, meu amor

Só, por obrigação
Mas agradecida pela forçada opção.

Resposta ao Ônibus

Virei o disco
Mas fui azarada
A música é a mesma
Pior ainda, com mais variações de tristeza

E daí se o amor acabou?
Fácil é ser assim, otimista
Quando a face não necessita ser vista

Rosto pálido que vês
Pois tapeado de humilhação
Só não fica vermelho da lesão
Pois são marcas feitas por alguém sem coração.
Clichês fazem sentido
Montanha-russa é a vida
No chão, expectativa
No topo, desilusão

Que o tempo é o melhor o remédio?
Outro bordão satisfatório
Tic-tac na mesma frequência do coração
Esperando a hora de superar a decepção

Assim passo os dias escrevendo
Tu que és meu amigo, meu grande amor
Tu aceitas tudo, papel
Certamente é meu melhor consolador.