domingo, 22 de abril de 2012

Bad Dream.

Mais uma manhã em que acordo com o coração disparado
Não sei se é desespero por não estar a teu lado
Ou angústia por saber que tua cama está completa

De qualquer forma
Ainda eu é que pago por pecados que não cometi
Sei do valor da vida
Mas às vezes ela já não me parece tão válida

Se a oportunidade me for dada
Gostaria de correr atrás do prejuízo
Já são noites sem dormir
Dias pensando que vou morrer

Não quero mais esse peso em meu peito
Por isso, não perco a esperança
Rezo, imploro e choro
Para que uma chance de liberdade me alcance

Antes que seja tarde.




terça-feira, 17 de abril de 2012

Queen, Beach Boys ou Van Halen
Mas que baita sacanagem
Me privar de ouvir o que sempre gostei
Pelo simples fato de recordar de ti

Como me aperta o coração
Só de chegar perto do refrão
Dá dor, dá angústia
Vontade de chorar

No ônibus
Na faculdade
No caminho para o trabalho
E principalmente na hora de dormir

Medo de sonhar
Com todos os momentos lindos que me fizeste passar
Ou de me apavorar
Com os pesadelos relativos a tua dupla persona.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ponto.

Hoje consegui, finalmente, encerrar nosso caso
A superação tem que partir de algum lugar
Primeiramente, de mim
E agora não quero mais parar

Não tenho como te salvar
De fato, não tenho nem mais forças para lutar
Agindo como justiciera
Estava, aos poucos, deixando de viver

Só a repetição faz fixar
Da mesma forma como repeti te amo, te amo, te amo
Agora conseguirei reiterar a meu cérebro que não quero mais te amar

Nunca vi poesia com o termo "cérebro"
Me parece tão racional
Logo eu, que sempre fui puro coração
Quem sabe seja essa minha nova meta: olhos abertos para a razão.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Amor Inabalável

Chinelagem, rafuagem ou, até, alpargatagem
É a nossa cara
Sempre foi
Saber que não somos
Mas nos comportarmos como essas expressões

Poderia ser considerado piegas
Eu estar te escrevendo da janela da "firma"
Cotovelos nessa textura áspera
Mas sentindo apenas a dor de meu coração

Não tô com vontade de escrever bonito
Não mesmo
Sequer tem que ser poesia
Dessa vez, é uma forma mais vazia

Por dentro não me sinto bela
Por fora, só aparento palidez

Ser traída, humilhada e enganada
E ainda assim te amar
Pra mim é uma doença
Incurável, inabalável, viral

Chega, acabou o expediente.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Companheiro da manhã

Cubículo azul
Resguarda minhas pernas
Esticadas e tensas
Esperando pelos minutos finais

Fora dali
Mulheres fomentadas por fofocas
Uma querendo saber da próxima festa
A outra, do batom da moda

Cubículo azul
Ali me sinto bem
Protegida da vendetta
E não reduzida a teu desdém

Depois de todas aquelas portas
Só eu sei onde fica
Indo em direção ao frio
Agradeço por existir
Meu cubículo azul.